Por que o advogado é essencial na aposentadoria do INSS
Entenda a importância após a recente manifestação do INSS e da OAB
Nos últimos dias, uma notícia chamou a atenção dos segurados: após pedido formal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o INSS divulgou uma nota reconhecendo o papel essencial da advocacia na garantia dos direitos previdenciários. O posicionamento veio após campanha nas redes sociais do órgão com a frase “Não precisa pagar ninguém para pedir um benefício do INSS”, o que gerou preocupação sobre a interpretação do papel do advogado na aposentadoria e nos demais benefícios.
A manifestação oficial deixou claro: o advogado não só é legítimo, como é fundamental para assegurar o acesso à Justiça, interpretar a lei corretamente e proteger o segurado diante das regras cada vez mais complexas da Previdência Social.
Por que essa manifestação do INSS é tão importante?
O INSS reconheceu publicamente que não estava se referindo à advocacia na campanha, o objetivo da publicação era apenas informar sobre a gratuidade do serviço, além de que existe uma relação institucional de cooperação e respeito com a OAB e que advogados têm acesso autorizado ao sistema INSS Digital, justamente porque representam tecnicamente os segurados.
Ou seja, mesmo que o segurado possa solicitar um benefício sozinho, a atuação jurídica continua indispensável para garantir que o direito seja corretamente analisado e concedido.
A atuação da advocacia previdenciária é decisiva para proteger os cidadãos diante das constantes mudanças legislativas. A imediata resposta da OAB reforçou que a interpretação das normas e a defesa do segurado exigem conhecimento técnico que vai além do atendimento administrativo do INSS.
Por que o advogado é essencial para aposentadoria, mesmo com serviços gratuitos do INSS?
Embora o segurado possa iniciar um pedido pelo Meu INSS, isso não significa que conseguirá identificar qual é a melhor regra de aposentadoria, qual cálculo é mais vantajoso ou como contestar erros comuns do sistema.
A presença de um advogado garante a escolha da melhor regra de aposentadoria. Com as constantes mudanças — como as regras de transição que mudam ano a ano — muitos segurados perdem dinheiro por escolher a regra errada.
O advogado avalia:
- idade mínima;
- pontuação;
- pedágio;
cálculos de benefício; - tempo especial, rural, militar etc.
Além disso, é o advogado que faz a análise de documentos e identificação de erros no CNIS, vínculos faltantes, contribuições com valores incorretos e ausência de PPP que são responsáveis pela maior parte das negativas do INSS.
É o advogado quem vai saber orientar o segurado sobre o que corrigir, como comprovar, quando contestar e como evitar indeferimentos desnecessários.
Outras atuações do advogado previdenciário consiste em:
- Defesa técnica em caso de negativa: a escolha da regra errada pode gerar perdas que ultrapassam milhares de reais ao longo da vida inteira e para isso o advogado realiza simulações de cálculos, projeções de cenários e comparações entre todas as regras vigentes.
- Segurança jurídica e tranquilidade: a Previdência é um dos ramos mais complexos do Direito. A presença de um profissional evita erros irreversíveis, perda de prazos, concessões com valores menores e falta de reconhecimento de direitos.
O que a OAB reforçou ao INSS?
A OAB lembrou, no ofício enviado ao presidente do INSS, que:
- a advocacia é constitucionalmente indispensável à administração da justiça;
- o fato de o serviço público ser gratuito não elimina a necessidade da atuação técnica do advogado;
- a interpretação correta das normas previdenciárias depende de formação jurídica, experiência e análise individualizada.
O pedido da Ordem incluiu a solicitação de reunião com o Instituto para fortalecer o diálogo e evitar que campanhas institucionais gerem dúvidas ao segurado.
O INSS respondeu positivamente, reconhecendo a relevância da advocacia e reafirmando a relação de parceria em prol dos direitos previdenciários.
O que o segurado deve entender com tudo isso?
A mensagem é clara: O INSS presta um serviço gratuito, mas isso não substitui a atuação técnica do advogado.
A aposentadoria é um momento único na vida, e tomar decisões sem orientação pode resultar em aposentadoria com valor menor, indeferimento por falta de documentação, perda de tempo de contribuição, escolha errada da regra e demora na concessão.
Por isso, a OAB e o INSS reforçam: a advocacia é essencial para garantir que o segurado tenha seu direito respeitado desde o início do processo até a concessão do benefício.
O advogado não é um gasto — é uma proteção ao seu direito
A recente manifestação do INSS evidencia que a Previdência Social é complexa, técnica e repleta de detalhes que o segurado, sozinho, não tem obrigação de dominar.
O advogado previdenciário:
- interpreta corretamente as regras;
- evita problemas burocráticos;
- protege o valor da aposentadoria;
- assegura que o segurado não pague o preço de um erro irreversível.
Se você está próximo de se aposentar ou quer entender qual regra é mais vantajosa para o seu caso, busque orientação profissional antes de fazer o pedido no Meu INSS. Essa é a forma mais segura de garantir que seu benefício seja concedido corretamente e no melhor valor possível.
